Coerência é uma condição necessária, mas não suficiente, de uma teoria que tenta se aproximar da verdade. E a tentativa de buscar a coerência de maneira consciente pode se tornar desastrosa e oprimir o pensamento.
Explico: podemos, num determinado momento, defender uma série de hipóteses que nos parecem verdadeiras separadamente mas que, quando tentamos montar um todo coerente com elas, podem se mostrar contraditórias. De fato, uma das atividades intelectuais mais importantes é encontrar erros lógicos nas teorias que expomos.
Mas se tentarmos cortar as incoerências desde o começo, podemos acabar por descartar idéias que, se não são bem recebidas no corpo de nossa teoria atual, podem nos mostrar caminhos interessantes se trabalhadas individualmente.
A grande questão é que as idéias surgem, se desenvolvem e se modificam ao longo do tempo, muitas vezes numa velocidade maior do que nossa capacidade de pensar consegue acompanhar, e a tentativa de colocá-las num edifício intelectual pronto e acabado pode fazer com que, muitas vezes, simplesmente nos tornemos obsoletos.
Não digo que devamos abraçar a incoerência, longe disso. Mas não devemos temer idéias novas que contradigam as teorias que consideramos verdadeiras, simplesmente porque não se encaixam. Nem digo que devemos descartar toda uma história bem sucedida simplesmente por um punhado de idéias que podem se revelar produtivas ou não. Seria interessante colocá-las numa zona de teste, tentando desenvolvê-las de maneira independente, e relacioná-las sempre que possível com a teoria corrente.
O homem possui a grande capacidade de realizar experimentos mentais, e não devemos sub-utilizar este nosso potencial.
Explico: podemos, num determinado momento, defender uma série de hipóteses que nos parecem verdadeiras separadamente mas que, quando tentamos montar um todo coerente com elas, podem se mostrar contraditórias. De fato, uma das atividades intelectuais mais importantes é encontrar erros lógicos nas teorias que expomos.
Mas se tentarmos cortar as incoerências desde o começo, podemos acabar por descartar idéias que, se não são bem recebidas no corpo de nossa teoria atual, podem nos mostrar caminhos interessantes se trabalhadas individualmente.
A grande questão é que as idéias surgem, se desenvolvem e se modificam ao longo do tempo, muitas vezes numa velocidade maior do que nossa capacidade de pensar consegue acompanhar, e a tentativa de colocá-las num edifício intelectual pronto e acabado pode fazer com que, muitas vezes, simplesmente nos tornemos obsoletos.
Não digo que devamos abraçar a incoerência, longe disso. Mas não devemos temer idéias novas que contradigam as teorias que consideramos verdadeiras, simplesmente porque não se encaixam. Nem digo que devemos descartar toda uma história bem sucedida simplesmente por um punhado de idéias que podem se revelar produtivas ou não. Seria interessante colocá-las numa zona de teste, tentando desenvolvê-las de maneira independente, e relacioná-las sempre que possível com a teoria corrente.
O homem possui a grande capacidade de realizar experimentos mentais, e não devemos sub-utilizar este nosso potencial.