"Qual desses quatro pontos você considera mais urgente, e qual deles parece ser o mais distante de ser realizado? "
Infelizmente, o mais urgente para mim é o justamente o mais distante de ser realizado: a legalização do consumo de drogas recreativas.
Por que acho difícil de ser alcançado? Em primeiro lugar, percebo que existe uma campanha em curso para restringir, cada vez mais, o consumo de tabaco. Essa campanha só não vai mais longe porque a quantidade de fumantes é grande o suficiente para pesar politicamente e, como ainda não compreendemos bem que a democracia é apenas um meio(a maioria não possui o direito de mandar na vida da minoria) e não um fim, seria preciso convencer a maioria das pessoas que o outro possui o direito de usar substâncias que elas próprias rejeitam. Por que ninguém fala em restringir o consumo de álcool? É um hábito ainda mais arraigado na sociedade.
Só acredito que as drogas hoje proibidas possam ter seu consumo legalizado se uma parcela considerável da sociedade for usuária dessa mesma substância. Por isso falam tanto em legalizar a maconha, consumida por uma parcela bem mais significativa da sociedade do que, por exemplo, a cocaína.
Quanto à emergência da legalização, para mim se coloca justamente pelo fato de ninguém mais tratar da intenção original, a de cuidar dos viciados, mas apenas do efeito colateral da proibição, o violento tráfico dessas drogas. Culpar o viciado pela existência do tráfico de drogas é reconhecer nele um livre arbítrio que a lei, por criminalizar o consumo, considera inexistente; portanto, deveria-se admitir que a lei é um completo absurdo e o racional seria legalizar o consumo.
Claro que a legalização das drogas ilícitas não acabará com todo o problema da violência. Mas o problema é que, enquanto em outras atividades ilícitas aquele que alimenta o bandido tem incentivo para denunciá-lo, ou seja, é uma atividade que envolve certo risco, no caso da venda de drogas aquele que sustenta financeiramente os criminosos se beneficia daquela atividade ilícita. Ou seja, é uma atividade extremamente segura e que envolve poucos riscos.
Por último, e não menos relevante, o tráfico internacional de drogas é hoje uma fonte financeira importante de ideologias retrógradas que, não conseguindo construir um ambiente próspero para que uma sociedade estável prospere, acabam se especializando no crime como forma de levar a cabo suas idéias assassinas. É o caso dos Taleban e sua produção de ópio, e as FARC distribuidoras de cocaína.
Infelizmente, o mais urgente para mim é o justamente o mais distante de ser realizado: a legalização do consumo de drogas recreativas.
Por que acho difícil de ser alcançado? Em primeiro lugar, percebo que existe uma campanha em curso para restringir, cada vez mais, o consumo de tabaco. Essa campanha só não vai mais longe porque a quantidade de fumantes é grande o suficiente para pesar politicamente e, como ainda não compreendemos bem que a democracia é apenas um meio(a maioria não possui o direito de mandar na vida da minoria) e não um fim, seria preciso convencer a maioria das pessoas que o outro possui o direito de usar substâncias que elas próprias rejeitam. Por que ninguém fala em restringir o consumo de álcool? É um hábito ainda mais arraigado na sociedade.
Só acredito que as drogas hoje proibidas possam ter seu consumo legalizado se uma parcela considerável da sociedade for usuária dessa mesma substância. Por isso falam tanto em legalizar a maconha, consumida por uma parcela bem mais significativa da sociedade do que, por exemplo, a cocaína.
Quanto à emergência da legalização, para mim se coloca justamente pelo fato de ninguém mais tratar da intenção original, a de cuidar dos viciados, mas apenas do efeito colateral da proibição, o violento tráfico dessas drogas. Culpar o viciado pela existência do tráfico de drogas é reconhecer nele um livre arbítrio que a lei, por criminalizar o consumo, considera inexistente; portanto, deveria-se admitir que a lei é um completo absurdo e o racional seria legalizar o consumo.
Claro que a legalização das drogas ilícitas não acabará com todo o problema da violência. Mas o problema é que, enquanto em outras atividades ilícitas aquele que alimenta o bandido tem incentivo para denunciá-lo, ou seja, é uma atividade que envolve certo risco, no caso da venda de drogas aquele que sustenta financeiramente os criminosos se beneficia daquela atividade ilícita. Ou seja, é uma atividade extremamente segura e que envolve poucos riscos.
Por último, e não menos relevante, o tráfico internacional de drogas é hoje uma fonte financeira importante de ideologias retrógradas que, não conseguindo construir um ambiente próspero para que uma sociedade estável prospere, acabam se especializando no crime como forma de levar a cabo suas idéias assassinas. É o caso dos Taleban e sua produção de ópio, e as FARC distribuidoras de cocaína.
2 comentários:
Não é difícil imaginar um futuro com mais restrições, como o de comercialização de alimentos hipercalóricos.
Quanto a /campanhas de desincentivo/ há também o "desconforto" da maioria dos contribuintes não-fumantes em pagar por tratamentos de doenças que poderiam ser facilmente prevenidas (assim estendendo ao colesterol, etc.).
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