Países desenvolvidos são perfeitos. Perfeitos porque são desenvolvidos. Países subdesenvolvidos estão em formação, logo imperfeitos. Todos os países devem buscar o desenvolvimento, ou seja, copiar os países desenvolvidos.
Países são colocados sob uma régua que 'mede' o seu desenvolvimento. Mas que régua é essa?
Alguns dirão que é a renda per capita. Outros preferem o IDH. Há até quem queira medir a felicidade.
Países são colocados sob uma régua que 'mede' o seu desenvolvimento. Mas que régua é essa?
Alguns dirão que é a renda per capita. Outros preferem o IDH. Há até quem queira medir a felicidade.
Acredito que estas palavras, 'desenvolvidos' e 'subdesenvolvidos', ajudam mais a confundir do que a esclarecer uma determinada questão.
Por exemplo, uma determinada medida é defendida pelo fato de um país desenvolvido adotá-la. O problema é que um país pode ser desenvolvido apesar daquela medida, ou seja, ela talvez não nos ajude a chegar onde queremos chegar.
Por outro lado, diz-se que uma determinada medida não dá certo pelo fato de não sermos desenvolvidos. Ou seja, é retirado o mérito intrínseco de uma determinada medida e o seu sucesso ou fracasso é conectado ao contexto.
Esta divisão acaba por nos fazer pensar em termos dualistas, tudo ou nada. Ocorre que a realidade engloba várias nuances. Um país não é violento em termos absolutos nem pacífico em termos absolutos, mas sempre em termos relativos. É verdade que podemos dividir os países em desenvolvidos e subdesenvolvidos sempre em termos relativos, mas novamente teremos que escolher algum corte, e ao efetuarmos este corte acabamos por obscurecer a diferença existente entre os membros dos grupos formados por nossa classificação.
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