O debate sobre raça precisa ser desmembrado em várias partes.
-há o interesse acadêmico em conhecer melhor a história do Brasil. Como se deu o processo de escravidão, qual a origem dos negros que chegaram ao Brasil, seus hábitos e costumes dentro da realidade brasileira. O processo de mestiçagem. como ele era entendido pelo colono português e a recepção do ocorrido por parte da corte portuguesa e da Igreja.
-o desenvolvimento do ideal abolicionista e sua relação com o desejo de indepedência colonial. As diversas leis que libertaram os negros. As restrições institucionais sofridas pelo negro liberto. As tentativas de branqueamento do homem brasileiro.
-a situação institucional do negro no período da República Velha.
-a forma como a cultura herdada pelos negros brasileiros foi tratada pelo Estado; o espaço do candomblé e da umbanda; o samba e a figura do marginal; carnaval como depravação
-a instrumentalização dos elementos indígenas e negros como partes importantes da identidade nacional: o esforço modernista e a propaganda getulista
-história do movimento negro no Brasil: sua origem autócne e a recente influência internacional
E tudo isso fica resumido à afirmativa: "é óbvio que há racismo no Brasil!" Sim, é óbvio que há, até porque houve escravidão, mas como essa questão foi debatida ao longo do tempo no país? Isso não se discute.
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