Circulam, no mercado de idéias brasileiro, muitas teorias equivocadas. Um pouco de senso comum é suficiente para expor as limitações dessas teorias, mas o senso comum não é suficiente para propor algo melhor no lugar. O senso comum servev para nos centrar no meio de uma encruzilhada; mas não nos orienta sobre qual caminho seguir. É verdade que observar os caminhos por mais tempo nos possibilita escolher um pouco melhor. Mas não nos oferece nenhuma vista de longo prazo, nem nos indica como voltar se pegarmos o caminho errado. E, como teremos que escolher algum caminho em algum momento, escolheremos com receio, mas acaberemos escolhendo. Com sorte, podemos escolher um bom caminho. Mas quantas escolhas nossas podem depender da sorte?
A história do Brasil que aprendemos no colégio e mesmo em alguns cursos universitários é bastante inverídica. Utilizamos o senso comum para descartar certos caminhos. Mas qual o mapa que podemos utilizar para seguir um caminho melhor?
A ausência deste mapa é crucial para limitar nossas escolhas e viciar nossa trajetória. Da mesma forma em qualquer curso: pedagogia, geografia, economia, relações internacionais, literatura, etc. O mais comum é que a posição contrária se concentre na oposição feita por um indivíduo. Mas esta acaba sendo personalista demais, e ressalta mais a sagacidade individual e menos o debate, a troca de idéias. Enquanto essas idéias permanecerem como sendo próprias de um outsider, servirão apenas como aquele sujeito da encruzilhada que nos aponta o caminho, mas não nos fornece um mapa. Sempre que estivermos perdidos, teremos que consultá-lo. Mas seu conhecimento é limitado, e suas dicas seletivas, já processadas.
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