28 de fev. de 2007

Os Intelectuais

"From the beginnings of recorded thought, intellectuals have told us their activity is most valuable. Plato valued the rational faculty above courage and the appetites and deemed that philosophers should rule; Aristotle held that intellectual contemplation was the highest activity. It is not surprising that surviving texts record this high evaluation of intellectual activity. The people who formulated evaluations, who wrote them down with reasons to back them up, were intellectuals, after all. They were praising themselves. Those who valued other things more than thinking things through with words, whether hunting or power or uninterrupted sensual pleasure, did not bother to leave enduring written records. Only the intellectual worked out a theory of who was best." Robert Nozick

Um dos piores hábitos desenvolvidos pelos intelectuais é tentar atacar teorias rivais como sendo "ingênuas", "simplistas", etc. No fundo, pressupõem a posse de um conhecimento "especial", "profundo", eu diria até mesmo "mágico". A "obviedade" de uma proposição sugere muito mais um ponto de polêmica do que propriamente algum tipo de consenso, visto que uma proposição que seja consensual não precisa ser enunciada como tal para que seja reconhecida. A necessidade de articular o conhecimento já denota algum tipo de disputa.

Um outro hábito, ainda mais terrível, é tentar desenvolver uma explicação psicológica/sociológica para a adesão de alguém a teorias rivais. Não que o estudo da adesão a uma teoria não seja, ele mesmo, interessante, mas nada pode nos dizer sobre conteúdo de verdade da mesma.

Mas nada supera a idéia de que crenças e idéias possam ser impostas de maneira ad hoc a um determinado povo ou sociedade.

Não é possível mensurar quanto tempo se perde com debates infrutíferos deste tipo.

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