Bobbio condena a defesa utópica da igualdade. Para ele, a discussão só possui sentido se forem respondidas 3 perguntas: igualdade "entre quem?", "em que?", "com qual critério?".
Por exemplo, igualdade entre crianças e adultos. Igualdade para votar? Igualdade contra coerção? Se dificilmente alguém apóia a primeira idéia, muito se discute se os pais poderiam bater em seus filhos para educá-los(notem que aqui já se excluem outros adultos, somente os responsáveis possuiriam essa prerrogativa). E mesmo entre os que são contra que os pais batam nos filhos, poucos responderão que segurar violentamente a mão de uma criança para que ela atravesse a rua seja um abuso.
Uma pessoa com 14 anos deve ser julgada como adulto? Quando compra tomates ou revistas que possuam matérias sobre sexo? Qualquer conteúdo erótico é proibitvo para essa idade?
São essas questões que devem ser debatidas, e não ridicularizar a posição do outro. A dita esquerda acadêmica acostumou-se a uma posição muito cômoda de criticar a "sociedade capitalista" e nunca se envolver diretamente na gerência da sociedade. Se gabam de serem pessoas sem preconceito algum.
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