6 de ago. de 2006

Democrático, sem perder a ternura

fatos:



-voto obrigatório, com a opção de votar nulo e branco
-eleição direta para deputado, mas o sujeito só leva se o partido tiver um número mínimo de votos(há gente com 100 mil votos sem mandato, e sujeito com 20 mil que é eleito; na última eleição geral, o PRONA elegeu, em São Paulo, 3 deputados com menos de 500 votos, devido ao número expressivo de votos recebidos pelo médico Enéas Carneiro)

-pode votar com 16, mas se matar aos 17 é julgado como menor

-todo Estado elege 3 senadores, não importa se possui 1/4 da população brasileira, como São Paulo, ou se nele moram meio milhão de pessoas, como no Amapá

observações:

Não acredito que haja um sistema político perfeito, portanto é preciso pensar se ele é adequado.


-No caso das eleições para deputado, por exemplo, acredito que tanto poderia existir um sistema de eleição direta quanto a tal da lista fechada(eu prefiro o primeiro, mas entendo as razões de quem defende o segundo), mas não acho que juntar os dois modelos numa mesma eleição seja eficaz.



-Também sinto falta do voto distrital. Que tal manter a regra atual e fazer com que as regiões metropolitanas elejam deputados separadamente? Seria uma forma de tentar uma transição sadia e sem muitos traumas. As regiões metropolitanas concentram, hoje, cerca de 70 milhões de pessoas, num país que possui 180 milhões de habitantes. Para se ter uma idéia, a região Norte, com 7 estados e nenhuma região metropolitana, possui 15 milhões de pessoas.



-o voto obrigatório é uma aberração. Já existe um grande índice de abstenção(em torno de 20%) e muitas pessoas acabam votando em qualquer um, já que é pra votar mesmo. Propagandas oficiais são veiculadas desestimulando o voto nulo/branco. Veja quanto dinheiro se desperdiça nesse processo todo, e uma burocracia inútil para mudança de domicílio eleitoral, justificativa para não ir votar, pagamento de multa por não ter justificado, registro de novos eleitores, etc.

Um comentário:

MichElle Woods Callas-Bracho Tsukino disse...

A representação do Senado se justifica por se referir aos Estados. Proporcionalidade à população é algo que tem que ser refletido no número de deputados. Agora, que um corte no número de senadores seria bem vindo, sem dúvida. Se a Califórnia se vira com dois, não sei porque o Acre tem três.