Continuando o tema do post anterior, faço um breve comentário da posição marxista, que não tinha percebido até então. Marx não é contrário, em tese, à noção de propriedade. É justamente o oposto, sua luta se dá em defesa da propriedade, a saber, da idéia de que o indivíduo é dono legítimo do resultado de seu trabalho. Para Marx, a propriedade dos meios de produção é uma garantia legal para a exploração capitalista, pois o trabalhador não seria remunerado de acordo com o que produziu, mas receberia menos. Por isso a propriedade, não em sentido geral, mas apenas dos meios de produção, deveria ser abolida, para por fim à exploração. É importante perceber que, no pensamento marxista, a noção de disparidade das riquezas é absolutamente marginal, pois não importa o tamanho do fosso entre o lucro dos donos do capital e o salário recebido pelos trabalhadores, mas sim que a mera existência dessa relação constitui, logicamente, um caso de exploração.
O problema do pensamento marxista é que o mesmo se baseia numa teoria equivocada, a saber, a de que a quantidade de trabalho empregada para produzir um bem determina o seu valor. Mas há um problema ainda maior: mesmo supondo que os meios de produção pertençam aos trabalhadores, teria que existir uma decisão final de como esses meios deveriam ser empregados. Uma casta administrativa teria que substituir o conjunto dos capitalistas.
O problema do pensamento marxista é que o mesmo se baseia numa teoria equivocada, a saber, a de que a quantidade de trabalho empregada para produzir um bem determina o seu valor. Mas há um problema ainda maior: mesmo supondo que os meios de produção pertençam aos trabalhadores, teria que existir uma decisão final de como esses meios deveriam ser empregados. Uma casta administrativa teria que substituir o conjunto dos capitalistas.
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