Um dos motivos pelos quais eu tenho bastante receio em ler análises históricas é o descuido com que muitos historiadores, pensadores e jornalistas contextualizam os acontecimentos. A análise factual transforma-se em mera retórica que tenta provar um ponto, uma causa. É o problema das explicações ad hoc, que podemos popularmente traduzir como desculpas. Por isso traço, aqui, um panorama do desenvolvimento histórico que pode servir como base para a contextualização dos acontecimentos e das idéias importantes para as ciências sociais.
-o desenvolvimento da ciência estatística: apesar do mau uso que muitas vezes é feito dos dados, a fartura de indicadores é muito melhor do que a sua falta. Os pensadores políticos do passado possuíam, a sua disposição, dados rarefeitos e imprecisos. Precisavam, portanto, utilizar a imaginação e conjecturas arriscadas para suas análises da dinâmica social e dos problemas da ordem e da administração pública. Não que as conjecturas arriscadas tenham desaparecido do horizonte, na verdade eu diria que só o risco de erro torna uma teoria interessante. A diferença está no fato de que, hoje, devido à possibilidade de acompanhar o desenvolvimento de certas variáveis, o processo de refutação e o conseqüente aprimoramento de uma teoria é muito mais imediato. Por isso os pensadores mais antigos parecem tão dogmáticos e com idéias arbitrárias, quando na verdade faltavam para eles os dados necessários para que pudessem mudar de idéia e se aproximarem de uma maior convergência. No caso das ciências naturais, por exemplo, a ampliação da capacidade de observação que o desenvolvimento de instrumentos como microscópio e telescópio trouxe foi, sem dúvida, importante para o surgimento de novas e melhores teorias.
-a ampliação do universo intelectual: esse movimento se deu basicamente de duas formas. Por um lado, o número de pessoas que se engajam em atividades intelectuais, numa dada sociedade, aumentou de maneira considerável. Por outro, o contato intelectual entre diferentes sociedades passou a ser mais rotineiro, devido às melhoras dos meios de comunicação e da rede de transporte. A possibilidade de alguém nos prevenir de um movimento equivocado é muito maior hoje do que antigamente, e podemos nos aproveitar dos resultados das pesquisas de outras pessoas quando anteriormente precisaríamos, nós mesmos, desenvolver aquela pesquisa.
-o desenvolvimento da ciência estatística: apesar do mau uso que muitas vezes é feito dos dados, a fartura de indicadores é muito melhor do que a sua falta. Os pensadores políticos do passado possuíam, a sua disposição, dados rarefeitos e imprecisos. Precisavam, portanto, utilizar a imaginação e conjecturas arriscadas para suas análises da dinâmica social e dos problemas da ordem e da administração pública. Não que as conjecturas arriscadas tenham desaparecido do horizonte, na verdade eu diria que só o risco de erro torna uma teoria interessante. A diferença está no fato de que, hoje, devido à possibilidade de acompanhar o desenvolvimento de certas variáveis, o processo de refutação e o conseqüente aprimoramento de uma teoria é muito mais imediato. Por isso os pensadores mais antigos parecem tão dogmáticos e com idéias arbitrárias, quando na verdade faltavam para eles os dados necessários para que pudessem mudar de idéia e se aproximarem de uma maior convergência. No caso das ciências naturais, por exemplo, a ampliação da capacidade de observação que o desenvolvimento de instrumentos como microscópio e telescópio trouxe foi, sem dúvida, importante para o surgimento de novas e melhores teorias.
-a ampliação do universo intelectual: esse movimento se deu basicamente de duas formas. Por um lado, o número de pessoas que se engajam em atividades intelectuais, numa dada sociedade, aumentou de maneira considerável. Por outro, o contato intelectual entre diferentes sociedades passou a ser mais rotineiro, devido às melhoras dos meios de comunicação e da rede de transporte. A possibilidade de alguém nos prevenir de um movimento equivocado é muito maior hoje do que antigamente, e podemos nos aproveitar dos resultados das pesquisas de outras pessoas quando anteriormente precisaríamos, nós mesmos, desenvolver aquela pesquisa.
Um comentário:
Eu fiz Economia na PUC, sim. E você?
Postar um comentário