O grande problema da crítica marxista, na minha opinião, é que ela foca demais no fato de que a lei da propriedade beneficia apenas aqueles que possuem os meios de produção, ao mesmo tempo que ignora o fato de que QUALQUER UM possui a chance de atingir, algum dia, essa posição. É diferente, por exemplo, de uma sociedade de castas ou escravocrata. A questão é que essa mobilidade social se realiza apenas no longo prazo, e no curto prazo a impressão é de uma sociedade rígida. Por isso a crítica atual ao capitalismo se refere mais ao questionamento se REALMENTE qualquer um pode atingir uma posição melhor na sociedade, ou se essa é uma promessa não cumprida do capitalismo.
Um dos problemas da crítica à mobilidade no capitalismo é que a mesma ignora que a posição social, pelo menos no capitalismo, é sempre referencial. Ora, se alguém em posição inferior ultrapassa outro que está em posição superior, este passa a estar em posição inferior. O que quero dizer com isso? Simples: se todos que estão em posição inferior ultrapassarem os que estão em posição superior, isso não acaba com a existência de posições inferiores e superiores na sociedade. Num sentido ideal, a sociedade capitalista funciona de tal forma que é impossível prever a posição final do indivíduo numa dada sociedade. Mas, como dito anteriormente, isso se realiza apenas no longo prazo, sendo que muitas vezes o prazo é tão longo que ultrapassa a vida do indivíduo. Poderíamos qualificar as sociedades capitalistas de acordo com o seu grau de mobilidade, a saber, de acordo com a possibilidade de ascensão social de um determinado indivíduo. É preciso distinguir, no entanto, entre probabilidade menor que 1 de ascender socialmente e probabilidade zero de ascender, que é a situação existente nas sociedades de castas e escravistas*.
*mesmo nas sociedades escravistas há a possibilidade ascensão social, mas se dá mais no sentido do indivíduo deixar de ser escravo, sem que os indivíduos livres corram risco de se tornar um. Ou seja, a asecensão de um não indica a queda de outro. Nas sociedades de castas a situação é inversa: o indivíduo não pode subir de uma casta inferior para uma superior, mas pode decair. Só que sua decadência não significa o progresso de outro.
Um dos problemas da crítica à mobilidade no capitalismo é que a mesma ignora que a posição social, pelo menos no capitalismo, é sempre referencial. Ora, se alguém em posição inferior ultrapassa outro que está em posição superior, este passa a estar em posição inferior. O que quero dizer com isso? Simples: se todos que estão em posição inferior ultrapassarem os que estão em posição superior, isso não acaba com a existência de posições inferiores e superiores na sociedade. Num sentido ideal, a sociedade capitalista funciona de tal forma que é impossível prever a posição final do indivíduo numa dada sociedade. Mas, como dito anteriormente, isso se realiza apenas no longo prazo, sendo que muitas vezes o prazo é tão longo que ultrapassa a vida do indivíduo. Poderíamos qualificar as sociedades capitalistas de acordo com o seu grau de mobilidade, a saber, de acordo com a possibilidade de ascensão social de um determinado indivíduo. É preciso distinguir, no entanto, entre probabilidade menor que 1 de ascender socialmente e probabilidade zero de ascender, que é a situação existente nas sociedades de castas e escravistas*.
*mesmo nas sociedades escravistas há a possibilidade ascensão social, mas se dá mais no sentido do indivíduo deixar de ser escravo, sem que os indivíduos livres corram risco de se tornar um. Ou seja, a asecensão de um não indica a queda de outro. Nas sociedades de castas a situação é inversa: o indivíduo não pode subir de uma casta inferior para uma superior, mas pode decair. Só que sua decadência não significa o progresso de outro.
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