Um dos temas mais controversos no campo das ciências sociais é o que trata da natureza humana. A raiz da confusão está, ao meu vez, na mal colocação do problema.
Que o homem possua uma natureza, que o distingue daquilo que não é homem, me parece trivial. A coisa começa a ficar mais polêmica e realmente interessante quando, a partir da natureza do homem, se quer deduzir a forma como ele deve se comportar. Qual o problema desse esforço? Bem, ele nasce justamente em julgar os outros tipos de comportamento como não-naturais. Mas se o homem é capaz de agir daquela forma, como pode aquela ação contrariar a sua natureza?
O conceito de natureza humana normalmente é usado não como positivo, ou seja, de descrição da realidade, mas sim normativo, de como a realidade deveria ser. Certas formas de comportamento são mais naturais e, portanto, deveriam se tornar as usuais, enquanto outras, apesar de possíveis, são anti-naturais e deveriam ser evitadas. Mas essa forma de analisar a questão não responde duas perguntas fundamentais: a partir de que critérios se considera um comportamento como natural e como é possível que o homem aja de uma maneira que não seja natural?
É interessante notar que o conceito de natureza já é um avanço considerável no estudo da sociedade humana, mais do que alguns dos seus detratores estão prontos a admitir. Era muito mais simples dizer que determinado comportamento deve ser seguido simplesmente porque "foi sempre assim", ou seja, utilizar-se do argumento da tradição. Dizer que um comportamento se adequa à natureza humana é tentar desenvolver um critério normativo racional, que independa da cultura na qual o indivíduo está inserido, é tentar desenvolver uma forma de julgar a tradição. Se esse esforço foi bem sucedido ou não, é outra história.
Que o homem possua uma natureza, que o distingue daquilo que não é homem, me parece trivial. A coisa começa a ficar mais polêmica e realmente interessante quando, a partir da natureza do homem, se quer deduzir a forma como ele deve se comportar. Qual o problema desse esforço? Bem, ele nasce justamente em julgar os outros tipos de comportamento como não-naturais. Mas se o homem é capaz de agir daquela forma, como pode aquela ação contrariar a sua natureza?
O conceito de natureza humana normalmente é usado não como positivo, ou seja, de descrição da realidade, mas sim normativo, de como a realidade deveria ser. Certas formas de comportamento são mais naturais e, portanto, deveriam se tornar as usuais, enquanto outras, apesar de possíveis, são anti-naturais e deveriam ser evitadas. Mas essa forma de analisar a questão não responde duas perguntas fundamentais: a partir de que critérios se considera um comportamento como natural e como é possível que o homem aja de uma maneira que não seja natural?
É interessante notar que o conceito de natureza já é um avanço considerável no estudo da sociedade humana, mais do que alguns dos seus detratores estão prontos a admitir. Era muito mais simples dizer que determinado comportamento deve ser seguido simplesmente porque "foi sempre assim", ou seja, utilizar-se do argumento da tradição. Dizer que um comportamento se adequa à natureza humana é tentar desenvolver um critério normativo racional, que independa da cultura na qual o indivíduo está inserido, é tentar desenvolver uma forma de julgar a tradição. Se esse esforço foi bem sucedido ou não, é outra história.
Um comentário:
O termo "natureza humana" tem uma conotação metafísica.
As regras de conduta humana (ética) tais como "não roubar" nascem das necessidades sociais,isto é,da organização das pessoas formando uma comunidade.Portanto sua origem não é nem uma suposta "natureza humana" nem religiosa.A afirmação "se Deus não existir,tudo é permitido" é pura tolice.
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