19 de jan. de 2007

Da importância do indivíduo

É verdade que a constituição do indivíduo depende das relações sociais nas quais está inserido. Não escolhe seus pais, nem a comunidade a qual pertence, a língua que fala, a educação que recebe, o cuidado com que é tratado.

Mas ele é único num sentido especial. O nascimento é seu e de mais ninguém. A morte é sua e de mais ninguém. Ele nasce sozinho e morre sozinho, apesar de viver com os outros. O que temos em comum é justamente aquilo que nos faz distintos. Somos todos indivíduos, e como tais devemos ser tratados.

É preciso que o indivíduo esteja vivo para que possa agir com a intenção de atingir determinados objetivos. Se somos livres para agir e atingir qualquer objetivo, mas não estamos protegidos da ação violenta de nossos semelhantes, somos escravos do poder alheio. Se somos livres para agir mas não podemos perseguir nossos próprios objetivos, somos escravos do desejo alheio. Se somos livres para perseguir qualquer objetivo, mas não podemos empregar os meios que consideramos necessários para atingí-los, somos escravos do conhecimento* alheio.

Não estamos autorizados a utilizar o conhecimento para a realização de desejos que ameacem a existência do outro.

*pensei em usar o termo razão. Mas as diversas escolas que se proclamam racionalistas esvaziaram, em parte, o significado da palavra.

3 comentários:

negoailso disse...

como um liberal vive no Brasil?

negoailso disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
negoailso disse...

desculpe a generalização pergunta acima, mas pergunta-se (generaliza-se de novo; sorry)abaixo:

como incluir Hayek, Popper, Nozick e Friedman em nossa 'biblioteca pública'? (as aspas indicam a 'relação nacional' com os autores)