19 de jan. de 2007

A sutileza do pensamento

Um ladrão fica necessariamente mais rico do que a pessoa de quem roubou, após o ato de roubar. Quando a economia de um país cresce, é possível que uma pessoa fique relativamente mais rica do que outra sem que esta última tenha ficado absolutamente mais pobre.

No ato do roubo, a pessoa roubada fica tanto relativa quanto absolutamente mais pobre. Será que uma parte considerável das pessoas que bradam contra a desigualdade de renda simplesmente não traçam uma falsa analogia entre desigualdade de renda gerada pelo crescimento econômico e desigualdade de renda gerada pelo ato do roubo, simplesmente porque nos dois casos há um empobrecimento relativo, deduzindo, a partir disso, que também ocorra um empobrecimento absoluto no caso do crescimento econômico?

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