Eu concordo que devamos analisar o mérito e demérito da ação estatal. Mas os méritos e deméritos dessa ação só podem ser julgados quando remetidos a princípios. Abolir os princípios da discussão política é abolir qualquer critério de análise racional da ação estatal.
O príncipio de analisar, de maneira racional, a ação estatal, não significa que precisamos defender um arrazoado entre dois extremos. É possível que eu conclua que o Estado deve possuir algumas empresas, mas também é possível concluir que o Estado deva possuir todas ou nenhuma. Se eu não esclareço por quais critérios eu julgo se o Estado deve ou não posuir empresas estatais, a minha possível conclusão intermediária será apenas uma solução de compromisso, eclética e incoerente. O que não significa, como já dito anteriormente, que toda conclusão intermediária seja incoerente, pois pode existir uma teoria que abalize o julgamento feito.
Tomemos a questão da escravidão, por exemplo. Podemos considerar que qualquer um possa ser escravo, ou que ninguém possa ser. Decretar que uma parte da sociedade deva ser escrava pode ser uma solução eclética. Mas, dependendo do nosso embasamento teórico, pode simplesmente ser a conclusão necessária de nossas premissas.
Quem vislumbra uma sociedade escravocrata poderia acusá-la de hipócrita. Mas em que sentido? Que só uma parte da população pode ser escrava? Ou pelo fato de nem todos se encontrarem livres da escravidão? Ou será que nenhum dos cenários possíveis, já que uma parte da sociedade ser escravizada poderia ser visto como conseqüência da diferença dessas pessoas frente aos demais?
As leis que antecederam o fim da escravidão no Brasil eram hipócritas? Em que sentido? Visto sob o ponto de vista de quem? Para quem defendia a escravidão, as leis poderiam ser vislumbradas como "soluções de compromisso". Para os abolicionistas, eram tidas como avanços necessários mas insuficientes, ou como mera enganação? Os políticos que defendiam as leis graduais eram hipócritas ao não defenderem o fim da escravidão para todos? Eram melhores ou piores do que aqueles que simplesmente defendiam a permanência da escravidão e pronto?
Tomemos a questão da escravidão, por exemplo. Podemos considerar que qualquer um possa ser escravo, ou que ninguém possa ser. Decretar que uma parte da sociedade deva ser escrava pode ser uma solução eclética. Mas, dependendo do nosso embasamento teórico, pode simplesmente ser a conclusão necessária de nossas premissas.
Quem vislumbra uma sociedade escravocrata poderia acusá-la de hipócrita. Mas em que sentido? Que só uma parte da população pode ser escrava? Ou pelo fato de nem todos se encontrarem livres da escravidão? Ou será que nenhum dos cenários possíveis, já que uma parte da sociedade ser escravizada poderia ser visto como conseqüência da diferença dessas pessoas frente aos demais?
As leis que antecederam o fim da escravidão no Brasil eram hipócritas? Em que sentido? Visto sob o ponto de vista de quem? Para quem defendia a escravidão, as leis poderiam ser vislumbradas como "soluções de compromisso". Para os abolicionistas, eram tidas como avanços necessários mas insuficientes, ou como mera enganação? Os políticos que defendiam as leis graduais eram hipócritas ao não defenderem o fim da escravidão para todos? Eram melhores ou piores do que aqueles que simplesmente defendiam a permanência da escravidão e pronto?
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